top of page
A Pesquisa no CHYS
A pesquisa desenvolvida no CHYS busca construir alternativas para uma compreensão complexa da hipnose. Sob a inspiração de autores como Milton Erickson, Edgar Morin e Fernando Gonzalez Rey, mas sem se prender a nenhum deles, ela parte de alguns pressupostos.
A) Complexidade - as expressões humanas são fenômenos que envolvem múltiplas dimensões, o que requer um olhar do complexus - o que é tecido em conjunto. Uma experiência de depressão, por exemplo, pode envolver processos econômicos, culturais, psÃquicos, familiares, espirituais, empregatÃcios, dentre outros, que perpassam a experiência da pessoa e de suas relações. De igual modo, quando alguém entra em transe, há um conjunto de alterações nas relações eu-mundo que levam a pessoa a se deparar com uma infinidade de processos que dizem respeito tanto à sua experiência pessoal, como a seu universo de pertencimento cultural e social. Daà porque tais processos não se restringem a uma única disciplina e necessitam de um olhar que proporcione as articulações diversas que tomam parte na experiência subjetiva da pessoa.
B) Subjetividade - Por um lado a concepção de subjetividade refere-se ao retorno de noções marginalizadas no projeto moderno de ciência como o sujeito, a qualidade, a intuição, a incerteza, a irregularidade, o emocional, o mÃtico, pontos muito associados à s concepções de transe para a ciência moderna. Tais noções são colocadas em pauta juntamente com as noções tÃpicas da razão cientÃfica, buscando-se a proposta de um estudo cientÃfico deste outro campo. Por outro lado, a subjetividade implica na produção complexa de configurações que envolvem processos simbólicos, emocionais e vividos de uma forma única para cada sujeito, de maneira que o foco da pesquisa é o de compreender seu mundo, a partir de suas próprias referências e não o de lhe impor significados teóricos prévios, como preconiza intensamente a obra de Milton Erickson.
C) Superação de Dicotomias - Essa compreensão complexa da subjetividade leva a superar dicotomias ainda dominantes na ciência, como teoria x prática, e também comuns na psicologia, como atual x histórico, essência x existêntica, individual x social, determinismo x livre-arbÃtrio, interno x externo. Por um lado, teoria e prática devem possuir um elo recursivo entre si, onde uma alimenta a outra e permitem o avanço do conhecimento. Por outro, o cenário de experiências do sujeito, principalmente em transe, é tão rico que a relação entre esses pólos pode alterar significativamente de um momento para outro, de maneira que a pesquisa deve procurar contemplar o que é próprio para o sujeito e não uma imposição teórica.
D) Pesquisa ClÃnica - Pela própria natureza de seu campo de estudo, a experiência humana, as pesquisas do CHYS desenvolvem-se numa ótica clÃnica e qualitativa. Isso quer dizer que constituem-se em fontes legÃtimas de pesquisa que priorizam a relação, a singularidade dos sujeitos, o contexto, sua produção simbólica e o processo de produção subjetiva e vivida que desenvolvem. Significa também que são pesquisas altamente ligadas a uma prática, que envolvem o atendimento clÃnico de pessoas com demandas diversas, como dores crônicas, depressão, pânico, traumas, violência, problemas sexuais, identitários, dentre outros.
Equipe
MaurÃcio S. Neubern, (Coordenador) Dr. em Psicologia. Prof. Adjunto do Departamento de Psicologia ClÃnica (PCL), Instituto de Psicologia (IP), Universidade de BrasÃlia (UnB). http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791415D6.
João Antônio Mallmann (Doutorando). PPG/PsiCC. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4221308U6
Tatiane Pereira Santana (Mestranda). PPG/PsiCC. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4662141H5
Psicólogas: Marina Nobre e Larissa Fernandes.
Alunos de Graduação: Gabriel Johan, LuÃza Guimarães (CAPES/Jovens Talentos), PatrÃcia Lorraine, Eulália Massingue (CAPES/AULP), Fernanda Pereira, Douglas Piasson, Larissa Fernandes, Giordana Bruna Marques, João Gabriel, Pedro Victor Menezes.
bottom of page